Por Patrícia Mendes

Thick as a Brick (1972)  é o quinto álbum da banda inglesa Jethro Tull, formada em 1967, com influências de rock psicodélico, música folk e jazz.

Um momento histórico do comecinho da banda foi a participação nas gravações do Rolling Stones Rock n’ Roll Circus, vídeo produzido em 1968 por Mick Jagger e sua trupe, aonde também se apresentaram bandas como The Who, Taj Mahal e Dirty Mac (supergrupo formado para essa ocasião, composto por John Lennon, O stone Keith Richards, o então ex-Cream Eric Clapton e o baterista de Jimi Hendrix, Mitch Mitchell). Na apresentação, o Jehtro Tull tocou a música A Song for Jeffrey, do seu primeiro álbum, This Was (de 1968). Thick as a Brick foi lançado em 1972 e é um disco de uma música só, sendo que ela preenche os lados a e b do LP, totalizando mais de quarenta minutos de puro rock progressivo dos anos 70.

O que marca bastante as canções é a performance do vocalista Ian Anderson, que além de cantar, faz solos virtuosos de flauta transversal, com atmosferas que remetem à música folclórica européia. Como se diz pelos amantes do rock progressivo, a suíte Thick as a Brick é uma colcha de retalhos, ou seja, uma música longa com vários momentos e passagens com diferentes andamentos, fazendo parecer que são várias. O conceito da letra se resume na história de um garoto fictício chamado “Gerald Bostock”, que muitos fãs acreditam ser alguém que realmente existiu, sendo o verdadeiro compositor da música, mas os integrantes afirmam que foi o próprio Ian Anderson que a escreveu.

É considerado um dos melhores discos da banda, perdendo em questões de popularidade para o Aqualung (disco anterior, de 1971) e Songs From the Wood (de 1977), que são mais acessíveis pelo fato de conterem músicas mais lineares e diretas. Mas com certeza, esse disco representa o auge da contribuição do Jehtro Tull para o rock progressivo, juntamente com o disco seguinte, A Passion Play (de 1973).

Ouça o áudio do disco Thick as a Brick: