O Clássico desta semana é o Unknown Pleasures, album de estréia da banda pós-punk Joy Division gravado em 1979 no Strawberry Studios, em Stockport. A capa do vinil é representada pela imagem da morte de uma estrela captada por um medidor de pulsos, a ideia foi de Bernard Sumner e a arte de Peter Saville e Chris Mathan. A antiga Warsaw, nome inspirado na música Warszawa, de David Bowie foi a primeira a incorporar ao rock a melancolia, a solidão e o desespero que dividiam espaço na vida dos jovens da época com a insatisfação, o tédio e o desprezo pela ordem social.
Apesar do meu amor e apreço pela sonoridade do punk rock, também gosto muito dessa ‘quebra’ dos estilos até então vistos. Além do album ser um registro de tempo, lugar e situação a banda trouxe todo o início da cena pós-punk. Provavelmente quando Ian Curtis, Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris gravaram o album, não faziam a menor ideia da grandiosidade do que tinham criado para a música. A bateria de Morris, os efeitos variados que são colocados: de ecos e ruídos, passando por diferentes timbres e as letras de cada música fazem do Unknown Pleasures um verdadeiro marco, até hoje influenciador de várias bandas.
Ouça a primeira faixa do album, Disorder:
A primeira música que ouvi do album foi She’s lost Control que logo me chamou atenção pela sonoridade, e pelo estilo de apresentação de Ian Curtis que tinha como uma de suas marcas registradas seu estilo de dançar, se contorcendo em violentos espasmos, o que se assemelhava a um ataque epilético (ele realmente sofria de epilepsia). A bateria da música foi toda gravada fora do estúdio, separada dos demais instrumentos. Esta é uma das faixas mais aceleradas do disco:
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